Além das origens da democracia, falaremos porque a existência de castas sociais impede sua verdadeira aplicação em países ditos democráticos.
A democracia é amplamente considerada o governo no qual o povo exerce soberania. No entanto, ao longo da história, surgem dúvidas sobre sua real aplicação em diferentes contextos. Desde a Grécia Antiga, onde a democracia excluía mulheres e escravos, até a atualidade em países como Índia e Estados Unidos, a desigualdade entre classes sociais, castas ou etnias demonstra que nem sempre o poder é verdadeiramente compartilhado pelo povo.
Na Índia, por exemplo, as castas são sistemas sociais imutáveis, onde milhões de pessoas ainda são tratadas como “intocáveis”. Nos Estados Unidos, há divisões raciais e étnicas que privilegiam certos grupos, criando uma hierarquia similar a um sistema de castas. O ideal de igualdade proclamado por documentos como a Constituição Americana parece distante da realidade vivida por muitos.
Essas divisões são usadas para manter privilégios de grupos dominantes e evitar que a sociedade perceba que, em essência, as pessoas são mais parecidas do que diferentes. O preconceito baseado em cor, etnia, gênero e outros fatores é uma ferramenta poderosa para controlar a sociedade e manter estruturas de poder intactas. O texto defende que, enquanto houver discriminação e desigualdade, a sociedade como um todo não poderá prosperar.
Quando se trata de escolher candidatos, o eleitor deve avaliar não apenas as promessas, mas também o histórico de honestidade e ação dos políticos. Famílias que perpetuam seu poder por gerações transformam a política em um feudo pessoal, e confiar cegamente em militares também não é a solução, já que governos militares são autoritários por natureza. A política, muitas vezes, se baseia em oportunismo, e a ideologia serve como uma máscara para a busca por poder.
A tecnologia é vista como uma ferramenta importante para melhorar a democracia. O Brasil, com suas urnas eletrônicas, tem um dos sistemas eleitorais mais avançados, mas plataformas como o Fala.br, que deveriam ser usadas para ouvir o cidadão, falham em resolver problemas reais, tornando-se burocráticas e ineficazes.
No final, apesar de seus defeitos, a democracia ainda é considerada a melhor forma de governo. No entanto, questiona-se por que, em um sistema que prega liberdade e soberania popular, o voto é obrigatório no Brasil. Isso levanta a dúvida se o país realmente vive uma democracia plena, ou se há aspectos coercitivos que limitam essa liberdade.