O conhecimento, segundo Sócrates, é o único bem verdadeiro, enquanto a ignorância é o mal. Para existir conhecimento, são necessários três elementos: uma pessoa capaz de aprender, o tema a ser conhecido e a compreensão desse tema.
– Tipos de conhecimento humano:
1. Senso comum: conhecimento adquirido no dia a dia, passado de geração em geração. Embora útil, carrega tradições, preconceitos, suposições e fake news.
2. Religioso: baseia-se em mitos, muitas vezes sem fundamento real, para explicar questões humanas.
3. Racional: tenta entender a realidade por meio de ideias e conceitos, sem buscar respostas definitivas.
4. Científico: fundamentado em fatos comprovados por experimentos e segue uma metodologia rigorosa.
– Construção do conhecimento
O verdadeiro conhecimento é construído, não apenas adquirido. Ele exige análise crítica e múltiplas fontes de informação, para que a pessoa possa formar seu próprio entendimento, evitando a simples repetição de ideias alheias. O senso crítico é essencial, definido como a capacidade de refletir e questionar antes de aceitar algo como verdade.
– Pensar por si mesmo
Utilizar opiniões de outros como fatos impede o desenvolvimento de um pensamento próprio. A educação e a mídia muitas vezes falham ao incentivar o pensamento crítico, perpetuando ideias impostas pelos poderes estabelecidos, como ocorre desde os tempos antigos. A filosofia, surgida na Grécia, introduziu o amor pela sabedoria e lançou as bases do pensamento racional, mas a humanidade ainda não construiu uma base sólida de conhecimento.
– Redes sociais e fake news
As redes sociais, que existem desde a antiguidade, foram potencializadas pela internet a partir de 1995, facilitando a disseminação de fake news. Essas informações falsas, que sempre existiram, agora se espalham rapidamente devido à falta de senso crítico dos usuários. Fake news afetam negativamente a sociedade, influenciando comportamentos, política e até a saúde, como demonstrado pelas mortes durante a pandemia de Covid-19. Combatê-las exige uma análise cuidadosa de fontes confiáveis e ação governamental para punir aqueles que as propagam.
– Inteligência artificial e a substituição do pensamento humano
A inteligência artificial (IA) ameaça agravar a já preocupante falta de pensamento crítico. Com máquinas assumindo tarefas básicas, como cálculos ou memorização, as pessoas se tornam mais dependentes e preguiçosas, tanto física quanto mentalmente. Isso pode levar a uma sociedade distópica, onde o pensamento próprio é praticamente inexistente, como retratado no filme “Idiocracy“, onde a humanidade se torna tão incapaz que o indivíduo mais mediano do passado é o mais inteligente do futuro.
Em resumo, o conhecimento exige esforço e reflexão pessoal. O uso indiscriminado de informações externas sem questionamento e a dependência tecnológica enfraquecem essa capacidade, tornando essencial o desenvolvimento do senso crítico para combater a desinformação e preservar a autonomia do pensamento humano.