No Brasil há 72 milhões[!!!] de pessoas com o “nome sujo” na praça.
Trazemos um episódio sobre finanças pessoais que explora as causas e soluções para a crise de endividamento no Brasil. Henrique e seu convidado, Will Markz, nosso amigo apresentador do canal, é (também) um especialista em finanças e autor do livro Técnicas para Sair das Dívidas , nós debatemos por que tantas pessoas enfrentam dificuldades financeiras e como a falta de controle financeiro afeta suas vidas. A conversa começa com uma citação de Robert Kiyosaki, autor do best-seller Pai Rico, Pai Pobre , que reflete sobre o desejo humano de equiparar os padrões de consumo dos outros, o que muitas vezes leva ao endividamento.
Um dado alarmante é relatado: 72 milhões de brasileiros estão com o “nome sujo”, segundo pesquisa da Paschoalotto financeira, enquanto a Serasa registrou um aumento de 16% no número de inadimplentes entre 2021 e 2024. Esse cenário tem implicações preocupantes, como a diminuição do consumo e o aumento do custo do crédito, que já é um dos mais altos do mundo. Frisamos que os juros elevados são um verdadeiro “câncer” para as finanças, impactando tanto indivíduos quanto empresas e até países.
Ao longo da discussão, Will compartilha insights sobre as causas do endividamento. Ele aponta para fatores como ganhos baixos, inflação e, principalmente, falta de educação financeira. Segundo ele, as pessoas frequentemente confundem “despesas” com “dívidas”. Enquanto as despesas são os gastos regulares e planejados, as dívidas são obrigações que passaram das datas de vencimento e estão sujeitas a juros, formando uma bola de neve que torna a situação financeira ainda mais difícil.
O autor também reflete sobre a importância do equilíbrio emocional na gestão das finanças. Ele argumenta que tanto o excesso de preocupação quanto a indiferença podem ser relevantes. Uma pessoa muito preocupada pode ter problemas de saúde como insônia e gastrite, enquanto a falta de preocupação pode levar à perda financeira. A solução, segundo ele, está em encontrar um equilíbrio, e seu livro apresenta técnicas para ajudar as pessoas a quitarem suas dívidas de forma gradual e estratégica.
Outro ponto discutido é o nível aceitável de endividamento para manter uma vida tranquila. Aconselhamos que o ideal é evitar dívidas sempre que possível, comprando à vista ou optando por parcelas sem juros. No entanto, Will confirma que em certos casos as dívidas são inevitáveis. Nesses casos, é fundamental que o endividamento permaneça em um nível administrável, sem comprometer o orçamento mensal.
Quando questionado sobre sua própria experiência com dívidas, Will conta que já se viu em situações de inadimplência, e atribuiu suas poucas experiências negativas à desorganização, como esquecer de pagar contas. Hoje, ele adota uma prática de comprar à vista ou parcelado sem juros, evitando situações de endividamento que comprometem sua tranquilidade financeira.
Henrique pergunta se é possível sair definitivamente das dívidas após ter se endividado fortemente. O autor cita que, embora seja um processo difícil, é viável. Ele explica que o primeiro passo é organizar as dívidas, eliminando gastos desnecessários, renegociando-as para evitar juros abusivos e buscando aumentar a renda familiar. Para auxiliar nesse processo, seu livro Técnicas para Sair das Dívidas oferece um passo a passo simples e acessível, com estratégias práticas para que os leitores consigam recuperar o controle financeiro.
O episódio conclui com uma mensagem de esperança para os endividados. Embora o caminho para sair das dívidas seja desafiador, é possível alcançar a estabilidade financeira com disciplina e planejamento.